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Vereadores criticam demora nos atendimentos no hospital Nossa Senhora das Graças

Publicado em: 20/04/2023 14:56

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Vereadores criticam demora nos atendimentos no hospital Nossa Senhora das Graças

Criticas vieram à tona na sessão desta semana

Um debate que dominou grande parte da Palavra Livre, na sessão desta semana, foi a demora dos atendimentos no Hospital Nossa Senhora das Graças, administrado pela Santa Casa de Misericórdia. O assunto surgiu no plenário após o vereador Almir Pedro Mielke solicitar o envio de um ofício à direção do hospital, solicitando explicações sobre a demora no atendimento aos pacientes. O vereador elencou que nos últimos dias recebeu muitas reclamações da população. 

O vereador fez questão de elencar que entrou em contato com o diretor do hospital, porém, não obteve respostas. “Se a gente tenta de uma maneira e não dá certo, temos que tentar de outro jeito”, disse, justificando o pedido do encaminhamento do ofício em nome do Poder Legislativo de Piên. “Eles não estão priorizando os atendimentos de gestantes e lactantes. Ocorreu um caso envolvendo uma pessoa da minha família que ficou mais de 3 horas esperando por atendimento e foi embora com a sua filha com febre. Acho que o hospital tem que dar uma justificativa forte, porque o município está pagando e pagando bem”, disse.

O vereador Almir ainda salientou que entende ser necessário que a direção do hospital envie para a Câmara, relatórios mensais dos atendimentos. A vereadora Seandra Cordeiro de Oliveira concordou com Almir, inclusive reforçou as colocações. “Quero aproveitar o gancho e pontuar que em 6 meses o município paga praticamente R$ 1 milhão ao hospital. São R$ 239 mil por mês. Eu mesma passei por uma situação na sexta-feira anterior, onde levei minha filha para consultar. Fui muito bem atendida, mas, em virtude de ter chegado com ela no hospital com 39 graus de febre”, disse.

Seandra pontuou que, considerando que havia uma pessoa a ser atendida em sua frente, quando ela esteve no hospital com sua filha, achou que o atendimento demorou. “Não que gostaria de ter tido um atendimento privilegiado, mas o atendimento precisa ser um pouco mais acelerado. Até entendo que existem algumas situações onde os pacientes necessitam aguardar um pouco mais. Mas, só havia uma pessoa na nossa frente e, mesmo assim, ficamos 40 minutos esperando”, acrescentou.

A vereadora também chamou atenção pelo que considerou “falta de higiene” na unidade hospitalar. “Achei que a higiene não estava 100%. O banheiro não estava limpo, na sala de emergência tinha gazes no chão, também havia cateter com sangue no chão. Foram coisas que eu vi e que fiquei bem chateada de ter visto. Quero ressaltar que o acolhimento das enfermeiras foi ótimo, mas, acho que a gente precisa receber mais pelo valor que o município vem pagando ao hospital”, comentou.

Além de concordar com o envio, por parte do hospital, de relatórios mensais das atividades, Seandra ainda disse que é preciso ter melhor entendimento, sobre os equipamentos que são patrimônio do município e que estão sendo utilizados pela Santa Casa. “Hoje a Santa Casa está gerenciando a unidade hospitalar e utilizando alguns equipamentos. A gente não sabe qual é o patrimônio que Piên tem dentro daquele hospital, a exemplo de um aparelho de mamografia que comentei tempos atrás aqui na Câmara, que acabou ficando obsoleto. A pergunta que não quer calar, onde ele está? Não estamos fazendo favor para Santa Casa tão pouco ela está fazendo para nós. Pagamos para o hospital oferecer um serviço e temos o direito de questionar e, obviamente, quem está lá não pode se sentir ofendido”, concluiu.

O presidente da Câmara de Vereadores também entrou na discussão elencando que vem recebendo muitas reclamações quanto a demora no atendimento. Ele também falou sobre os esforços que vêm sendo feito na tentativa de regionalizar os atendimentos no hospital. “O município está aguentando esse hospital que se fosse uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) teria menos fila que tem o hospital”, citou. “Até quando a gente ia perguntar alguma coisa mandavam a gente não se envolver na tramitação. O problema é que quando a coisa aperta, respinga em nós, vereadores”, completou o presidente.

Juma ainda relembrou das muitas expectativas que foram dadas à população quando a Santa Casa da Misericórdia assumiu a gestão do hospital, considerando que “falsas esperanças” estão sendo dadas ao povo pienense. “Eles não estão conseguindo atender a demanda. O vereador Tevo, por exemplo, em seu restaurante, se começar a fazer fila ele vai ter que contratar mais gente para atender os seus clientes. Acho que devemos fazer um ofício em nome de todos os vereadores e enviar ao governador pedindo por favor em nome da população de Piên. Acho que temos que ir mais a fundo, fazer cobranças e buscar essa regionalização, fazer esse hospital funcionar”, disse.